sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ENERGIA HÍDRICA BARRAGENS


REPRESA DE HOOVER = RIO COLORADO U.S.A.


HIDROELETRICA DE ITAIPU = PARAGUAI / BRASIL



Uma barragem, açude ou represa, é uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades de água.A sua utilização é sobretudo para abastecer de água zonas Residenciais ;
Agrículas ;
Industriais ,
produção de energia eléctrica (energia hidráulica), ou regularização de um caudal.História
HISTÓRIA DE BARRAGENS

As barragens foram, desde o início da história da Humanidade , fundamentais ao desenvolvimento.

A sua construção devia ser sobretudo à escassez de água no período seco e à consequente necessidade de armazenamento de água, feito em barragens executadas de forma mais ou menos empírica.

Em nível mundial, algumas das barragens mais antigas de que há conhecimento situavam-se, por exemplo, no Egito , Médio Oriente e Índia .

Na Índia que apareceram barragens de aterro de perfil homogéneo com descarregadores de cheias para evitar acidentes provocados pelo galgamento das barragens.


Com a Revolução Industrial , houve a necessidade de construir um crescente número de barragens, o que permitiu o progressivo aperfeiçoamento das técnicas de projecto e construção. Apareceram então as primeiras barragens de aterro modernas, assim como as barragens de betão .

ELEMENTOS DE BARRAGENS E ÓRGÃOS HIDRÁULICOS

PARAMENTOS– as superfícies mais ou menos verticais que limitam o corpo da barragem: o paramento de montante, em contacto com a água, e o paramento de jusante.

COROAMENTO– a superfície que delimita superiormente o corpo da barragem.
ENCONTROS – as superfícies laterais de contacto com as margens do vale.

FUNDAÇÃO– a superfície inferior de contacto com o fundo vale.

DESCARREGADOR DE CHEIA – o órgão hidráulico para descarga da água em excesso na albufeira em período de cheia.
TOMADAS DE ÁGUA– os órgãos hidráulicos de extracção de água da albufeira para utilização.

DESCARREGADOR DE FUNDO – o órgão hidráulico para esvaziamento da albufeira ou manutenção do caudal ecológico a jusante da barragem.

ECLUSAS – órgão hidráulico que permite à navegação fluvial vencer o desnível imposto pela barragem.

ESCADA DE PEIXES – órgão hidráulico que permite aos peixes vencer o desnível imposto pela barragem.

TIPOS DE BARRAGENSAs barragens são feitas de forma a acumularem o máximo de água possível, tanto através da chuva como tambám pela captação da água caudal do rio existente.
Faz-se a barragem unindo as duas margens , aprisionando a água na Albufeirra ( barragem )(represa artificial das águas correntes ou pluviais, para irrigação).

As barragens são muito importantes para o mundo moderno, pois são elas que permitem que haja água potável canalizada nas grande metrópoles mundiais.
Contudo, toda a zona onde a barragem e a sua albufeira se encontram e também a área circundante, nomeadamente a jusante, por onde o rio passava, é afectada.
É por esse facto que antes de se construir uma barragem é necessário fazer estudos de impacto ambiental.

Dessa forma, a barragem deixa passar um caudal ecológico que tem como função preservar os ecossistemas já existentes no rio e respectivas margens.

A construção de uma barragem tem sempre de passar por quatro etapas fundamentais: o projecto, a construção, a exploração e a observação
.No projecto é determinado, após estudos no local e estudos relativos à rentabilidade da barragem, o tipo de barragem a construir.

Desta forma, podemos dividi-las em dois grupos essenciais relativamente ao material de que são constituídas:
BARRAGEM DE BETÃO
As barragens de betão feitas em vales apertas pois a resistência do betão tem algumas limitações relativamente ao comprimento da barragem.


Apesar de muito resistentes, estas barragens são também muito vulneráveis a certos tipos de situações.Se houver algum erro de projecção e a barragem fender pode ter consequências catastróficas. Já numa situação de galgamento pela água da albufeira não é tão prejudicial.Podemos definir dois tipos de barragem de betão tendo a forma como são construídas.barragens de gravidadebarragens em arco


BARRAGEM DE ATERRO
Uma barragem de aterro é, como o próprio nome indica, um aterro, ou seja, é uma barreira de terra e/ou rocha que funciona de modo a reter a água.Ao contrário de uma barragem de betão, uma barragem de aterro não suporta bem o galgamento pela água e pode mesmo ter efeitos catastróficos.

Já no caso de fendilhação, a barragem de aterro fica mais estável que uma de betão.Podemos definir três grandes grupos de barragens de aterro tendo em conta o material de que são feitas:

Barragem de terraBarragem de enrocamentoBarragem de terra-enrocamento

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E

Função Descrição ExemploProdução de energia

A energia hidroeléctrica é uma das energias





USINA SOLAR EM TWO CALIFORNAIA




USINA SOLAR EM SERPA PORTUGAL



Fontes energia renovável:SOLAR
Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa (e, em certo sentido, da energia térmica ) proveniente do Sol ,e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja diretamente para aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou mecânica .
No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe 1 410 W/m² de energia, medição feita numa superfície normal (em ângulo reto) com o Sol.
Disso, aproximadamente 19% é absorvido pela atmosfera e 35% é refletido pelas nuvens.
Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da energia solar está na forma de luz visível e luz ultravioleta .As plantas utilizam diretamente essa energia no processo de fotossíntese.Nós usamos essa energia quando queimamos lenha ou combustíveis minerais.Existem técnicas experimentais para criar combustível a partir da absorção da luz solar em uma reação química de modo similar à fotossíntese vegetal- mas sem a presença destes organismos.Os métodos de captura da energia solar classificam-se em directos ou indirectos:Directo significa que há apenas uma transformação para fazer da energia solar um tipo de energia utilizável pelo homem.
Exemplos:
A energia solar atinge uma célula fotovoltaica criando eletricidade.
(A conversão a partir de células fotovoltaicas é classificada como directa, apesar de que a energia elétrica gerada precisará de nova conversão
- em energia luminosa ou mecânica, por exemplo - para se fazer útil.)
A energia solar atinge uma superfície escura e é transformada em calor, que aquecerá uma quantidade de água , por exemplo
- esse princípio é muito utilizado em aquecedores solares.
Indirecto significa que precisará haver mais de uma transformação para que surja energia utilizável.
Exemplo: Sistemas que controlam automaticamente cortinas, de acordo com a disponibilidade de luz do Sol.
Também se classificam em passivos e activos:Sistemas passivos são geralmente directos, apesar de envolverem (algumas vezes) fluxo em convecção, que é tecnicamente uma conversão de calor em energia mecânica.Sistemas activos são sistemas que apelam ao auxílio de dispositivos elétricos, mecânicos ou químicos para aumentar a efectividade da coleta.
Sistemas indirectos são quase sempre também activos
.VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ENERGIA SOLARVANTAGENS
A energia solar não polui durante seu uso.
A poluição decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável utilizando as formas de controles existentes atualmente.
As centrais necessitam de manutenção mínima.
Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem decaindo. Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.
A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão
.Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a diminuir a demanda energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.
DESVANTAGENS
Os preços são muito elevados em relação aos outros meios de energia.
Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação atmosférica (chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
Locais em latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar.
Locais com frequente cobertura de nuvens (Curitiba, Londres), tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.
As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), a energia hidroelétrica (água) e a biomassa (bagaço da cana ou bagaço da laranja).Já é possível um particular vender energia electrica em vários países do mundo com a Microprodução um equipamento de 20 metros quadrados,permite ao particular receber perto de 4 mil euros ano
ENERGIA SOLAR NO MUNDO
Em 2004 a capacidade instalada mundial de energia solar era de 2,6 GW, cerca de 18% da capacidade instalada de Itaipu.
Os principais países produtores, curiosamente, estão situados em latitudes médias e altas.
O maior produtor mundial era o Japão (com 1,13 GW instalados), seguido da Alemanha (com 794 MWp) e Estados Unidos (365 MW)[1].
Entrou em funcionamento em 27 de Março de 2007 a Central Solar Fotovoltaica de Serpa (CSFS), a maior unidade do género do Mundo.
Fica situada na freguesia de Brinches, Alentejo , Portugal , numa das áreas de maior exposição solar da Europa .
Tem capacidade instalada de 11 MW, suficiente para abastecer cerca de oito mil habitações.
Entretanto está projectada e já em fase de construção outra central com cerca de seis vezes a capacidade de produção desta, também no Alentejo, em Amareleja , concelho de Moura .
Muito mais ambicioso é o projecto Australiano de uma central de 154 MW, capaz de satisfazer o consumo de 45 000 casas.
Esta situar-se-á em Victoria e prevê-se que entre em funcionamento em 2013 , com o primeiro estágio pronto em 2010 .
A redução de emissão de gases de estufa conseguida por esta fonte de energia limpa será de 400 000 toneladas por ano.
EVOLUÇÃO DA ENERGIA SOLAR ( FOTOVOLTAICA )
A primeira geração fotovoltaica consiste numa camada única e de grande superfície p-n díodo de junção, capaz de gerar energia eléctrica utilizável a partir de fontes de luz com os comprimentos de onda da luz solar.
Estas células são normalmente feitas utilizando placas de silício.
A primeira geração de células constituem a tecnologia dominante na sua produção comercial, representando mais de 86% do mercado.
A segunda geração de materiais fotovoltaicos está baseada no uso de películas finas de depósitos de semi-condutores.A vantagem de utilizar estas películas é a de reduzir a quantidade de materiais necessários para as produzir, bem como de custos.
Actualmente (2006), existem diferentes tecnologias e materiais semicondutores em investigação ou em produção de massa, como o silício amorfo, silício poli-cristalino ou micro-cristalino, telurido de cádmio, copper indium selenide/sulfide.
Tipicamente, as eficiências das células solares de películas são baixas quando comparadas com as de silício compacto, mas os custos de manufatura são também mais baixos, pelo que se pode atingir um preço mais reduzido por watt.
Outra vantagem da reduzida massa é o menor suporte que é necessário quando se colocam os painéis nos telhados e permite arrumá-los e dispô-los em materiais flexíveis, como os têxteis.
A terceira geração fotovoltaica é muito diferente das duas anteriores, definida por utilizar semicondutores que dependam da junção p-n para separar partículas carregadas por fotogestão. Estes novos dispositivos incluem células fotoelectroquímicas e células de nanocristais.

Usina solar ( no Brasil ) ou central solar ( em Portugal ) é uma estrutura capaz de produzir energia elétrica a partir da energia solar.
Sua configuração mais comum é de um conjunto de espelhos móveis espalhados por uma ampla área plana e desimpedida, que apontam todos para um mesmo ponto, situado no alto de uma torre.
Neste ponto, canalizações de água são aquecidas pela incidência da luz solar refletida, produzindo vapor que move uma turbina a vapor e que aciona um gerador de energia elétrica
A usina solar é uma forma de obtenção de energia ecológica, pois capta a luz do Sol e a transforma em energia, sem causar danos ao meio ambiente, apesar de exigir que o local de sua instalação seja aplainado e liberado de obstáculos.
Geralmente suas instalações se situam em regiões ensolaradas, de pouca nebulosidade.
Por vezes se situam em clima seco, onde não existe volume de água suficiente, para manter em funcionamento uma hidrelétrica convencional.
Porém esta usina não funciona a noite, e ao nascer do Sol e no poente, sua eficiência cai drasticamente.
Sua utilização ainda é apenas relegada a um segundo plano, apenas fornecendo energia elétrica suplementar a redes de distribuição.
O armazenamento de energia elétrica produzida durante o dia em baterias é ainda relativamente pouco eficiente e faz o uso de grande quantidade de baterias e estas possuem vida limitada e devem ser recicladas para evitar a contaminação do meio ambiente.
Uma outra forma de se obter energia eléctrica a partir da luz solar é por meio de painéis recobertos com células fotoelétricas.
Porém de pouca eficiência, já que a energia elétrica produzida não chega a valores expressíveisExistem planos teóricos de captar a energia do Sol diretamente do espaço e envia-la à Terra através de satélites solares, porém de alto custo e atualmente é economicamente inviável.
O nordeste brasileiro por ser uma região ensolarada, próxima do equador, apresenta condições mais propícias para receber centrais solares.
De todos os países europeus, Portugal é o país com mais horas de sol anuais, logo tem excelentes condições para utilizar esta energia renovável.
É também em Portugal que se localizam as duas maiores usinas/centrais solares do mundo.[





TERMOSIFÃO





EQUIPAMENTOS DE ENERGIA SOLAR


Aquecedor Solar de Baixo Custo (ASBC) = é um sistema de aquecimento de águas sanitárias por meio da captação da energia solar em painéis termo-solares.

O projeto de construção do equipamento, que é gratuito, emprega materiais de construção de baixo custo e fácil aquisição no mercado, tais como peças e tubos de PVC, etc.
O sistema do ASBC pretende oferecer acesso a aquecimento por meio de energia solar com baixo investimento financeiro.

O aquecimento solar é o uso de energia solar para o aquecimento de água para banho , piscina e processos industriais, interessante ser uma fonte energética inesgotável, abundante e gratuita.

O reservatório térmico é responsável por armazenar toda a água aquecida nos coletores, e para isso deve possuir características especiais para que o sistema opere em níveis máximos de eficiência.

O reservatório térmico deve ser instalado, se possível, no interior das habitações (para protecção atmosférica e térmica) a um nível superior aos colectores, por forma a que a canalização seja o mais vertical possivel, dispensando assim a bomba de circulação.
Um sistema básico de aquecimento de água por energia solar é composto de coletor solar (placa) e reservatório térmico (boiler)

A circulação entre os coletores e o reservatório pode ser forçada, isto é com o emprego de bomba de circulação, ou natural, aproveitando as diferenças de densidade entre a água mais quente e a mais fria.

Esta forma de circulação é conhecida como termossifão.
Diversas grandezas podem ser atribuídas aos coletores, mas, a mais comum é sua capacidade de absorção de calor, em geral referida a área de exposição, que geralmente é de cor pr

A Central Solar Fotovoltaica de Amareleja é uma central fotovoltaica, em construção no concelho de Moura (Beja), sul de Portugal.

Com capacidade instalada de 46,41 megawatts pico iniciais, a central deverá começar a funcionar plenamente, para produzir cerca de 93 mil MW de energia por ano, o suficiente para abastecer 30 mil habitações.

É construída em um terreno de 250 hectares, em Amareleja , no concelho de Moura. Com 2.520 seguidores solares azimutais , equipados com 104 painéis solares cada um, a central será a maior do mundo, em potência total instalada e capacidade de produção. Estes seguidores são dispositivos mecânicos que orientam os painéis solares perpendiculares ao sol, desde a alvorada, a leste, até ao poente, a oesteJá foi inaugurada a central solar fotovoltaica de amareleja

Um piranómetro (ang. pyranometer ) é um tipo de actinómetro usado para medir a irradiaçã solar em uma superfície e é um sensor que seja projetado medir a densidade de fluxo da radiação solar (nos watts por o quadrado do medidor) de um campo de visão de 180 graus.

O pyranometer do nome provem do grego, pyr do significado; fire e ano do significado; céu.

Um termosifão é um aparelho, cujo o funcionamento explica-se com as correntes de convecção naturais dos fluidos , nos que as partes quentes dos mesmos tendem a aquecer.

Este fenômeno é conhecido como sistema de circulação natural, aplicado à produção de água quente mediante captadores solares.

O efeito do termosifão também é utilizado na arquitetura, para mover o ar em um recinto.




CÉLULA SOLAR FEITA DE SÍLICO




CÉLULA FOTOELÉCTRICA OU FOTOVOLTAICA




CÉLULA SOLAR FEITA DE SÍLICO

Células fotoeléctricas ou fotovoltaicas são dispositivos capazes de transformar a energia luminosa , proveniente do Sol ou de outra fonte de luz, em energia elétrica .
ma célula fotoeléctrica pode funcionar como geradora de energia elétrica a partir da luz, ou como um sensor capaz de medir a intensidade luminosa .Células geradoras de energia são chamadas também de "células solares", por se aproveitarem principalmente da luz solar para gerar energia elétrica.
Atualmente, as células solares comerciais ainda apresentam uma baixa eficiência de conversão, da ordem de 16%.
Existem células fotovoltaicas com eficiências de até 28%, fabricadas de arsenieto de gálio , mas o seu alto custo limita a produção dessas células solares para o uso da indústria espacial.Por não gerar nenhum tipo de resíduo , a célula solar é considerada uma forma de produção de energia limpa, sendo alvo de estudos em diversos institutos de pesquisa ao redor do mundo .
A luz solar produz até 1.000 Watts de energia por metro quadrado, o que representa um enorme potencial energético.A primeira geração fotovoltaica consiste numa camada única e de grande superfície p-n díodo de junção, capaz de gerar energia eléctrica utilizável a partir de fontes de luz com os comprimentos de onda da luz solar.

Estas células são normalmente feitas utilizando placas de silício .
A primeira geração de células constituem a tecnologia dominante na sua produção comercial, representando mais de 86% do mercado.A segunda geração de materiais fotovoltaicos está baseada no uso de películas finas de depósitos de semi-condutores.
A vantagem de utilizar estas películas é a de reduzir a quantidade de materiais necessárias para as produzir, bem como de custos.
Actualmente (2006), existem diferentes tecnologias e materiais semicondutores em investigação ou em produção de massa, como o silício amorfo, silício poli-cristalino ou micro-cristalino, telureto de cádmio e Cobre-Índio-Gálio-Selênio ("CIGS) .
Tipicamente, as eficiências das células solares de películas são baixas quando comparadas com as de silício compacto, mas os custos de manufactura são também mais baixos, pelo que se pode atingir um preço mais reduzido por watt.
Outra vantagem da reduzida massa é o menor suporte é necessário quando se colocam os painéis nos telhados e permite arrumá-los e dispô-los em materiais flexíveis, como os texteis
.A terceira geração fotovoltáica é muito diferente das duas anteriores, definida por utilizar semicondutores quer dependam da junção p-n para separar partículas carregadas por fotogestão.
Estes novos dispositivos incluem células fotoelectroquímicas e células de nanocristais.

PAINEL SOLAR


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PAINEL SOLAR


SATÉLITE SOLAR


PAINEL SOLAR.

O efeito fotovoltaico foi descoberto pela primeira vez em 1839 por Edmond Becquerel . Entretanto, só após 1883 que as primeiras células fotoelétricas foram construídas, por Charles Fritts , que cobriu o selênio semicondutor com uma camada extremamente fina de ouro de modo a formar junções.Ao conjunto de células fotoeléctricas chama-se Placa Fotovoltaica cujo uso hoje é bastante comum em lugares afastados da rede elétrica convencional.

Existem placas de várias potências e tensões diferentes para os mais diversos usos.
Em residências rurais algumas empresas concessionárias de distribuição usam placas de 75 W de pico e 12 V para guardar energia em baterias de 100 Ah.

Este sistema fotovoltaico gera energia suficiente para iluminar uma residência com 3 lâmpadas de 9W e uma tomada para rádio ou TV de 6".O termo "célula fotoelétrica" também é usado para componentes eletrônicos capazes de medir a intensidade luminosa, traduzindo-a em uma corrente elétrica proporcional.
Incluem-se nesta categoria os fotodiodos , fototransistores , LDRs (resistores dependentes de luz, à base de sulfeto de cádmio), fotocélulas de selênio e outros.
Uma aplicação típica destes sensores de luz é em fotômetros , usados para medir a iluminação de uma cena a ser fotografada .

Principais tipos de células fotoelétricas

Abaixo seguem as principais tecnologias de fabricação de células fotoelétricas utilizadas atualmente.

Silício Cristalino (s-Si)É a tecnologia mais empregada no mercado atualmente, com uma participação de 95% do mercado de células fotoelétricas.

Atualmente apresenta um rendimento de 15 a 21% em suas células; painéis solares feitos de células de silício cristalino tem rendimento de 13 a 17%.

Silício Amorfo (a-Si)Participação de cerca de 3,7% do mercado de células fotoelétricas, tem rendimento de cerca de 7%.

CIGSNome comercial para células de filme fino fabricadas com Cu(In,Ga)Se2.
Participação de 0,2% do mercado de células fotoelétricas e rendimento de 13%.

Atualmente sofre problemas com o abastecimento de índio para sua produção, visto que 75% de todo o consumo do material no mundo se dá na fabricação de monitores de tela plana, como LCDs e monitores de plasma .

Arseneto de Gálio (GaAs)

Atualmente é a tecnologia mais eficinte empregada em células solares, com rendimento de 28%. Porém, seu custo de fabricação é extremamente alto, tornando-se proibitivo para produção comercial, sendo usado apenas em painéis solares de satélites artificiais .
Telureto de Cádmio (CdTe)Participação de 1,1% do mercado de células fotoelétricas, é uma tecnologia que emprega filmes finos de teluret de cádmio .
Apresenta pouco apelo comercial devida à alta toxicidade do cádmio.


COLECTOR SOLAR + CÉLULA SOLAR CIGS

Colector solar

Os colectores solares, vulgarmente conhecidos por painéis solares, não devem ser confundidos com painéis fotovoltaicos.

Os colectores solares são utilizados normalmente para aquecer a água da rede para as tarefas do dia-a-dia, como tomar banho, cozinhar, etc.

Componentes de um colector solarUm colector solar tem uma cobertura transparente.

Normalmente esta área é feita de pyrex ou vidro isolado, com sistema de caixa de ar.

A reflexão e transferência de energia térmica para o fluido é feita através de uma placa reflectora, constituída por metais como alumínio ou cobre

.Em colectores de alto rendimento é utilizado dióxido de cobre (II), silício , dióxido de silício, aço banhado a ouro ou ainda cobre banhado a níquel.

Claro que estes materiais são caros e, por isso, menos utilizados

.O fluido utilizado para aquecer a água da rede é normalmente água misturada com anticongelante, para que nos dias de Inverno esta água não congele, podendo danificar os sistemas caso isso acontecesse, ou glicol.

Tanto a água como o glicol têm elevada capacidade térmica, sendo por isso as substâncias escolhidas nestes sistemas.

A caixa isolada, ou seja, o exterior do colector, é isolada termicamente para minimizar as perdas, e também é bastante resistente, já que é esta que irá proteger o colector dos agentes externos


.FuncionamentoA cobertura do colector solar é de vidro, e logo, é transparente à radiação visível.Esta radiação irá, então, entrar no colector, aquecendo o seu interior, principalmente a placa colectora.

Esta, é feita de um material bom absorsor (absorve muita radiação), e logo, bom emissor (emite também muita radiação).

Desta forma, a radiação solar que entrou no colector será absorvida pela placa, emitindo de seguida radiação menos energética, a infravermelha .

Em princípio, acharíamos este processo de absorção/emissão pouco rentável, mas na verdade não é.O facto é que o vidro, de que é feita a cobertura, é opaco à radiação infravermelha.

Logo, a energia emitida pela placa colectora não sairá facilmente do aparelho, contrubuindo este processo para o aquecimento mais rápido do sistema, e logo, da água que nele circula.Verifica-se assim efeito de estufa.

A temperatura da placa absorsora irá aumentar, e este, por sua vez, irá transferir energia sob a forma de calor para a serpentina de tubos com o fluido que se encontra por baixo, até que se atinja o equilíbrio térmico entre o metal e o fluido no interior dos tubos de cobre.


Como o fluido a temperatura superior é menos denso, irá subir até ao depósito com água da rede. Ao passar no seu interior, o fluido irá transferir energia sob a forma de calor para a água no depósito.

Esta, por sua vez, será utilizada na casa para as variadas tarefas.

Após esta transferência, o fluido terá arrefecido, ficando mais denso e descendo de volta ao colector, onde reiniciará o seu ciclo.Vantagens e desvantagens

Este sistema tem inúmeras vantagens, visto que utiliza energia renovável, e aquece a água a custo zero, visto que utiliza energia solar.

Mas há uma razão para que ainda não muita gente o utilize.

A sua instalação é bastante dispendiosa, só se começando a ter ganhos ao fim de alguns anos. Nunca se fica realmente independente, pois em dias enevoados e chuvosos o rendimento é bastante reduzido.

À noite não existe luz solar, e no caso de utilização mais intensiva acaba por ser necessário recorrer à resistência eléctrica que se encontra no interior do depósito´

CÉLULA SOLAR CIGS OUCIGS

ou Cobre-Índio-Gálio-Selênio é o nome para um novo semicondutor usado em células fotoelétricas, cuja fórmula química é Cu(In,Ga)Se2 (cobre ,índio ,gálio e selênio).

Ao contrário das células feitas com silício que são baseadas numa junçãp p-n de um mesmo material, células CIGS são feitas com várias camadas ultra finas de diferentes semicondutores, cada qual com diferentes gaps de energia .

FundamentosCélular solares são na verdade grandes diodos semicondutores .

Quando um fóton com uma energia hν maior que o gap de energia

E g deste semicondutor penetra no material, um elétron é deslocado da banda de valência para a banda de condução , e de modo oposto, uma lacuna vai da banda de condução para a banda de valência.Após a criação deste

Par Elétron-Lacuna , eles podem recombinar-se ou então ir à região de carga espacial, onde dependendo das dopagens dos materiais há uma diferença de potencial , causando tanto a aceleração do elétron na banda de condução como da lacuna na banda de valência.

Quando os materiais estão conectados a condutores e eventuais consumidores de energia, é gerada uma corrente elétrica.Composição da célulaSubstratoComo já dito, células solares tipo SIGS são constituídas de várias camadas finas (na ordem de μm).

Como substrato usa-se geralmente vidro, porém as camadas podem ser depositadas em polímeroso.Essa possibilidade de diversificar o substrado é uma das vantagens de uma célula SIGS em comparação às células de silício, pois não depende de uma estrutura para erguer os painéis e ela pode ser aderida em paredes e tetos, cortando custos de instalação e aumentando o apelo comercial da energia solar.

ContatoA ligação da camada fotovoltaica com o substrato é feita com uma fina camada de molibdênio , que é depositada através de vaporização em cima do substrato.

O molibdênio, além de ser um bom condutor, também é um eficiente material para fazer a adesão da célula solar no substrato.

Geralmente esta camada é de cerca de 0,5 μm de expessura.Camada de absorção
A próxima camada é constituida do próprio Cu(In,Ga)Se2, cuja função é absorver a energia solar e fornecer os pares elétron-lacuna para os condutores próximos.

Vale citar que este material, quando dopado com material tipo p, apresenta uma alta capacidade de absorção de luz, sendo que uma camada de apenas 1 μm de espessura absorve cerca de 90% da luz solar incidente.

Com isso, é Necessária uma quantidade relativamente pequena de material para sua fabricação, quando comparado com outros tipos de célula.

Camada neutraAcima da camada de absorção é depositada uma camada de cerca de 50 nm de CdS (sulfido de cádmio).Esta camada junto com a camada de óxido de zinco (vide abaixo) contribuem com o lado tipo n da junção p-n da célula solar.

O gap de energia do CdS é de Eg = 2,4 eV, e portanto dentro da faixa energética do espectro solar.Porém, o par elétron-lacuna aqui gerado não conseque se reencontrar na região de carga espacial e conseqüentemente não contribui para a corrente gerada na célula.

Devido a camada de apenas 50 nm, pouca luz é absorvida nela antes de chegar à camada de absorção.A função da camada neutra é proteger a camada de absorção das reações químicas causadas pelo depósito da camada de ZnO, em particular a difusão de átomos de uma camada em outra.Camada janela

A camada janela consiste na realidade de duas camadas de ZnO (óxido de zinco ): uma intrísica e homogênea, e outracom 2% de Al2O3 para ter maior condutância .

Esas camadas contribuem para o lado tipo n da junção p-n da célula e ao mesmo tempo serve como condutor para os pares elétron-lacunas gerados na célula.

O gap de energia do ZnO é de Eg = 3,3 eV, maior do que a energia dos fótons incidentes, e portanto, "transparente" ao espectro solar.Daí o nome da camada de "camada janela".

Vantagens e Desvantagens de células CIGS

As vantagens/desvantagens de uma célula tipo CIGS em comparação com outras tecnologias do mercado (em particular células de silício, que constitui 95% do mercado de células solares no mundo)

são:Vantagens

Economia de materiais:Devido à alta absorção do Cu(In,Ga)Se2, é necessária uma camada de da ordem de 1 μm de espessura, enquanto células de silício necessitam de camadas da ordem de 200 a 300 μm;EficiênciaA eficiência de células CIGS é de 18,8% para pequenas áreas, e de 11,8% para grandesáreas (0,3 x 1,2 m)2.

Satélite de energia solar é um conceito de satélite dotado de painéis capazes de captar a energia solar.A uma determinada distância longe da sombra projetada pela Terra , nunca é "noite".


O espaço é permanentemente atravessado pela luz e energia do Sol .


Um satélite de energia solar em órbita geoestacionária seria iluminado 99% do tempo!

O uso a energia do Sol tem várias vantagens: as instalações "receptoras" na superfície terrestre são simples ao contrário de barragens de usinas hidrelétricas e locais para armazenamento de petróleo que ocupam grandes extensões.

E é uma energia "limpa" pois não emite quaisquer tipos de poluentes

.Após a captação esta energia é então convertida em microondas ou radiação infravermelha e depois enviada à Terra.
Uma usina recebe essa energia solar convertida e a transforma em energia elétrica que poderá ser usada normalmente.

Tais projetos ainda não foram relizados devido a dois motivos principais: os elevados custos para a construção e lançamento destes satélites na órbita terrestre e também porque a energia gerada por desta forma tem um custo muito maior se comparada às fontes de energia convencionais

.Os satélites de energia solar poderiam ter vantagens para o mundo em termos de segurança energética evitando futuros conflitos pela posse de fontes de energia cada vez mais escassas, reduzindo despesas militares e a perda de vidas humanas.

RADIAÇÃO SOLAR




SATÉLITE SOLAR




ESPELHO SOLAR



RADIAÇÃO SOLAR
.Radiação solar E Espectro da irradiância solar no topo da atmosfera terrestre.

Radiação solar é a designação dada à energia radiante emitida pelo Sol , em particular aquela que é transmitida sob a forma de radiação electromagnética .

Cerca de metade desta energia é emitida como luz visível na parte de frequência mais alta do espectro electromagnético e o restante na do infravermelho próximo e como radiação ultravioleta .
A radiação solar fornece anualmente para a atmosfera terrestre 1,5 x 1018 kWh de energia, a qual, para além de suportar a vasta maioria das cadeias tróficas, sendo assim o verdadeiro sustentáculo da vida na Terra, é a principal responsável pela dinâmica da atmosfera terrestre e pelas características climáticas do planeta.
Densidade média do Fluxo Energético
A densidade média do fluxo energético proveniente da radiação solar é de 1367 W/m2, quando medida num plano perpendicular à direcção da propagação raios solares sito no topo da atmosfera terrestre.
Aquele valor médio, designado por constante solar , foi adoptado como padrão pela Organização Meteorológica Mundial, isto apesar de flutuar umas tantas partes por mil de dia para dia e de variar com a constante alteração da distância da Terra ao Sol que resulta da elipticidade da órbita terrestre.do Sol (cromosfera e coroa solar), as quais apresentam pontos quentes e frios em constante mutação, para além das erupções cromosféricas e todos os outros fenómenos se traduzem na formação das manchas solares e na complexa dinâmica dos ciclos solares .
A quantidade total de energia recebida pela Terra é determinada pela projecção da sua superfície sobre um plano perpendicular à propagação da radiação (π R2, onde R é o raio da Terra).Como o planeta roda em torno do seu eixo, esta energia é distribuída, embora de forma desigual, sobre toda a sua superfície (4 π R2).
Daí que a radiação solar média recebida sobre a terra, designada por insolação seja 342 W/m 2, valor correspondente a 1/4 da constante solar.
O valor real recebido à superfície do planeta depende, para além dos factores astronómicos ditados pela latitude e pela época do ano (em função da posição da Terra ao longo da eclíptica), do estado de transparência da atmosfera sobre o lugar, em particular da nebulosidade .
A radiação solar é geralmente medida com um piranómetro ou com um piréliometro , ou mais recentemente com recurso a radiómetros capazes de registar a composição espectral e a energia recebida
.Composição espectralEspectro da irradiância solar acima da atmosfera (azul) e à superfície terrestre (amarelo).

A radiação solar que atinge o topo da atmosfera terrestre provém da região da fotosfera solar, uma camada ténue de plasma com aproximadamente 300 km de espessura e com uma temperatura superficial da ordem de 5800 K.Dada a dependência entre a composição espectral e a temperatura, traduzida na chamada lei de Planck , a composição espectral da luz solar corresponde aproximadamente àquela que seria de esperar na radiação de um corpo negro aquecido a cerca de 6000°C, embora apresentando uma clara assimetria resultante da maior absorção da radiação de comprimento de onda mais curto pelas camadas exteriores do Sol .

Em termos de comprimentos de onda, a radiação solar ocupa a faixa espectral de 100 nm a 3000 nm (3 mm), tendo uma máxima densidade espectral em torno dos 550 nm, comprimento de onda que corresponde sensivelmente à luz verde-amarelada.
A parte mais alongada do espectro (para a direita na imagem ao lado), tem a sua máxima intensidade na banda dos infravermelhos próximos, decaindo lentamente com a diminuição da frequência.No que respeita à radiação mais energética, isto é de comprimento de onde mais curto, apesar da maior parte ser absorvida pela atmosfera, a radiação ultravioleta que atinge a superfície da Terra é ainda suficiente para provocar o bronzeado da pele (e as queimaduras solares a quem se exponha excessivamente).Interacção com a Terra




A energia solar incidente sobre a atmosfera e a superfície terrestre segue um de três destinos: ser reflectida, absorvida ou transmitida.
A energia reflectida e o albedo
Parte substancial da energia recebida sobre a superfície terrestre é reenviada para o espaço sob a forma de energia reflectida.

As nuvens, as massas de gelo e neve e a própria superfície terrestre são razoáveis reflectores, reenviando para o espaço entre 30 e 40% da radiação recebida (enquanto a Lua reflecte sob a forma de luar apenas 7 a 12% da radiação incidente).

A esta razão entre a radiação reflectida e incidente chama-se albedo.Absorção atmosférica

Conforme pode ser observado na imagem ao lado, entre a irradiância do Sol medida fora da atmosfera (linha azul) e a energia que atinge a superfície da Terra (linha amarela) existem diferenças substanciais resultantes da absorção atmosférica.
Esta é selectiva, atingindo o seu máximo em torno dos pontos centrais dos espectros de absorção dos gases atmosféricos (indicados na imagem).

Repare-se a elevada absorção do ozónio (O3) atmosférica na banda dos ultravioletas e no efeito do vapor de água (H2O) e do dióxido de carbono (CO2), estes actuando essencialmente sobre os comprimentos de onda maiores.
Esta absorção selectiva está na origem do efeito de estufa , devido ao facto da radiação terrestre, resultante do retorno para o espaço da radiação solar por via do aquecimento da Terra, ser feita essencialmente na banda dos infravermelhos longos, radiação para a qual o CO2 tem grande capacidade de absorção.

A parcela absorvida dá origem, conforme o meio, aos processos de fotoconversão e termoconversão .
Na fotoconversão, a energia absorvida é remetida, embora em geral com frequência diferente, sendo os novos fotões em geral sujeitos a novas absorções, num efeito em cascata que em geral termina numa termoconversão, a qual consiste na captura da energia e a sua conversão em calor , passando o material aquecido a emitir radiação com um espectro correspondente à sua temperatura , o que, no caso da Terra, corresponde à radiação infravermelha que forma o grosso da radiação terrestre .
TransmissãoDe toda a radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, apenas uma fracção atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e absorção dos raios solares pela atmosfera.

Esta fracção que atinge o solo é constituída por uma componente directa (ou de feixe) e por uma componente difusa.
Para além das duas componentes atrás referidas, se a superfície receptora estiver inclinada com relação à horizontal, haverá uma terceira componente reflectida pelo ambiente circundante (nuvens, solo, vegetação, obstáculos, terreno).

Antes de atingir o solo, as características da radiação solar (intensidade, distribuição espectral e angular) são afectadas por interacções com a atmosfera devido aos efeitos de absorção e espalhamento.
Essas modificações são dependentes da espessura da camada atmosférica atravessada (a qual depende do ângulo de incidência do Sol, sendo maior ao nascer e pôr-do-sol, daí a diferente coloração do céu nesses momentos).
Este efeito é em geral medido por um coeficiente designado por Coeficiente de Massa de Ar (AM), o qual é complementado por um factor que reflete as condições atmosféricas e meteorológicas existente no momento.
O equilíbrio energético no planeta
Em média, da radiação solar incidente (sobre o sistema Terra/atmosfera):

* 19 % é perdida por absorção pelas moléculas de oxigénio e ozónio da radiação ultravioleta (de alta energia) na estratosfera (onde a temperatura cresce com a altitude);
* 6% é perdida por difusão da luz solar de menor comprimento de onda - azuis e violetas - (o que faz com que o céu seja azul);

* 24% é perdida por reflexão - 20% nas nuvens e 4% na superfície. (O albedo do planeta é de 30% (6% difusão+24% reflexão).

* 51% é absorvida pela superfície. (Note que os valores apresentados são valores médios.


Por exemplo, nos pólos a reflexão da radiação solar incidente é geralmente maior do que 24% e nos oceanos menor do que 24%.)

A energia radiada pela superfície da Terra, na gama dos infravermelhos, corresponde a cerca de 117% do total de radiação solar incidente (sobre o sistema Terra/atmosfera).
Dessa energia, apenas 6% é emitida directamente para o espaço (emissão terrestre) e 111% é absorvida pelos gases de estufa da atmosfera, que reemite depois, de volta para a superfície, uma energia correspondendo a 96% da radiação solar incidente.
Finalmente, uma energia correspondendo a 64% da radiação solar incidente é emitida pela atmosfera para o espaço (emissão atmosférica).

Note que estes números traduzem um equilíbrio no sistema Terra/atmosfera: a radiação emitida para o espaço é igual à radiação solar incidente [24% (reflexão) + 6% (difusão) + 64% (emissão atmosférica) + 6% (emissão terrestre) = 100%].
No entanto, em média, a superfície absorve mais radiação da que emite e a atmosfera radia mais energia do que a que absorve.

Em ambos os casos, o excedente de energia é de cerca de 30% da energia da radiação solar incidente no sistema Terra/atmosfera:superfície
- energia absorvida: 147% (51% do Sol + 96% da atmosfera);
energia emitida: 117%atmosfera
- energia absorvida: 130% (19% ultravioletas. + 111% emissão terrestre); emitida: 160% (64% para o espaço + 96% para a superfície)

A partir desta constatação pareceria que a superfície deveria ir aquecendo e a atmosfera arrefecendo.
Isso não acontece porque existem outros meios de transferência de energia da superfície para a atmosfera que representam, no seu conjunto, uma transferência líquida de 30% do total de radiação solar incidente que equilibra o orçamento de energia no planeta.

O ar quente que se eleva na atmosfera a partir da superfície transfere calor para a atmosfera. Essa transferência de calor (o fluxo de calor sensível) corresponde a um valor de energia que é 7% do total de radiação solar incidente.

A evaporação da água na superfície do planeta corresponde a uma extracção de calor que acaba por ser libertado durante o processo de condensação na atmosfera (que dá origem à formação das nuvens).

Essa transferência de calor (o fluxo de calor latente) corresponde a um valor de energia que é 23% do total de radiação solar incidente.